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A vida é um jogo de Poker.

23 de dez. de 2009

Antes de mais nada,

durante essa semana algumas coisas digamos, tensas, aconteceram. Faz tempo que não escrevo e essa semana eu tive a oportunidade de juntar uma coleção de argumentos pra escrever algo novo.
Assim, preenchi com muito café e um pouco de leite uma xícara grande do High School Musical e resolvi meter a mão em algumas teclas.



A vida é um jogo de Poker.

"Lá estava eu. Era um dos heads up* mais importantes da minha vida. Eu com um stack* bem pequeno e ela com o resto das fichas - que não eram poucas -, só esperando eu colocar todas as fichas na mesa. Já era hora, era minha hora, eu tinha o jogo na mão. Tinha AK suited, tinha que chamar all-in pré-flop, era o risco certo a correr. Não dava pra esperar, ficar pagando big blind esperando um bom par.

Feito! All-in!

no primeiro momento, ela fugiu.

Próxima mão, eu paguei big blind, ela voltou raise e eu chamei all-in de novo.
Dessa vez eu não tinha uma boa mão e o resultado já era esperado.

Terminei o jogo com a mente limpa, terminei tranquilo. Nem sempre se leva uma boa mão de poker".


Quantas vezes na vida não nos deparamos com uma disputa deste tipo? O tudo ou nada?

Eu diria que quase sempre. Quase sempre mesmo.
Algumas vezes temos algo tão certo, mas tão certo, que não conseguimos analisar opções, não calculamos probabilidades e simplesmente colocamos nossas fichas na mesa.

Diferente do jogo de poker, onde se pode analisar o jogo, calcular probabilidades e poder fugir sempre que necessário, o jogo da vida não nos dá tantas possibilidades.

Algumas vezes somos impostos a jogadas as quais não há check* ou fold*. O que existe é o call*, nada além do call. Ou seja, a única opção, é pagar algo que nem sabemos se é o certo a se fazer. Mas pagamos.

Outras vezes, não há outra opção a não ser a de chamar um raise* em cima de uma aposta. As vezes temos tanta certeza de que o que está na mesa é nosso, que aumentamos ainda mais a aposta. Ganância, ambição, certeza? Quem sabe, cada caso, um caso. Cada escolha, uma renúncia.

Tais situações fazem parte do cotidiano.

Conheci um rapaz que conheceu uma garota.
Ele não analisou seu jogo. Pagou a aposta.
Esperou o turn. Assim que bateu, ele ficou feliz. Continuou pagando mãos cegas, apostando num jogo ainda indefinido, na esperança de uma quinta carta boa virar na mesa.
Enquanto isso, enrolou, tentou blefar, jogou seu jogo incerto.
Assim que a quinta carta virou, ele não pensou duas vezes.

- 'All-in'.

Mas ele não teve boa sorte com a última carta a ser virada na mesa. Perdeu o jogo, perdeu dinheiro, perdeu a fé e a esperança também.

Também conheço pessoas que perderam o jogo numa aposta de emprego, numa aposta do colégio e até mesmo em apostas fúteis - amigos virando doses de destilados em mesa de bar-.


A vida se aproveita da gente, aproveita que é um jogo viciante de se jogar e nos prega peças, nos faz acreditar que temos um jogo ganho e quase sempre nos enganamos.
E como consequencia perdemos o jogo.

Esse eterno jogo de poker, não é sempre um jogo de perdas.
Na maior parte do tempo, o que temos são testes.

Será que dá pra apostar naquela amizade? Naquela oferta de emprego, naquele namoro, naquele time da final do mundial interclubes, naquele lutador de artes marciais ou naquele par de damas no final de um main event?

O que vale é o aprendizado.
Já perdi com pares e pares de damas. Já perdi com pares e pares de Valetes.
Mas já ganhei com cartas improváveis e acabei me dando bem.

É tudo uma questão de escolha e muitas vezes de sorte.
Apesar de tudo isso, a vida é um jogo bom de se jogar pois é um jogo real. Cada jogada, cada carta, cada aposta, reflete em algo decisivo sobre nosso futuro.

Sim, a vida é um jogo bom de se jogar.

E sempre que eu perder todas as minhas fichas, eu peço rebuy*, pois eu não abandono o jogo, nunca.

"Mesmo perdendo aquele heads up, eu sai sorridente. A vida irá me proporcionar outros mais, pois eu sou viciado em poker.
Se eu me arrependo de ter colocado todas as fichas na mesa em uma situação de risco? De maneira alguma! Nem sempre posso ser analítico, frio e calculista. Sou humano, feito de carne, osso, pensamentos e cheio de vontade de jogar de novo. Esse jogo não acaba, ele sempre recomeça".

*check - checar, pedir pra continuar o jogo sem necessidade de apostar.
*call - pagar uma aposta.
*raise - aumentar o valor de uma aposta.
*all-in - colocar todas as fichas na mesa, aposta máxima.
*rebuy - comprar mais fichas durante o jogo.
*fold - fugir de uma aposta.
*heads up - normalmente a rodada final, um jogador contra outro.
*stack -suas fichas no jogo.

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29 de nov. de 2009


Tô afastado.
Faz tempo que não escrevo.
É que sei lá, quando as coisas se tornam sempre as mesmas, quando nada é dinâmico, a gente também fica na mesma, fica sem ter o que falar e acaba vivendo por viver.

Mas às vezes, algumas coisas mudam a rotina e acabam trazendo um certo dinamismo ao que antes era estático.

E quando é a hora, a gente põe pra fora.





Tem dias em que a gente acorda, mas não quer se levantar.
Tem dias em que o despertador nos tira de um sonho bom, então, mesmo sem sono, a gente continua deitado, olhando pro teto e esperando uma ligação, um sinal, uma frase do tipo "não foi só sonho". Mas como de costume, o sinal não vem.

E essa espera - a espera por algo que você sabe que não virá - alimenta os sonhos, dá chance para o crescimento de novas esperanças e a cabeça volta para um mundo que não existe - e talvez nunca existiu-.
Isso tudo vai se tornando uma enorme torre de cartas de baralho, pois quando algo cai, cai tudo, cai de vez.

Mas quando o costume vem, a rotina volta. Pois quando o sofrimento é constante, o corpo deixa de sentir a dor.






Não existe explicação pra tudo e, ainda assim, estamos constantemente procurando explicações,
como o por que de bocejarmos quando vemos outra pessoa bocejando, ou o por que de não conseguir espirrar de olhos abertos.

O por que de viver a procura de alguém, sendo que a pessoa mais perfeita está ai ao seu lado, está batendo em sua porta, está implorando por um simples "me dê uma chance e eu farei tudo pra te manter aqui comigo" - e enquanto implora a oportunidade, sofre convivendo com esse alguém que ama, notando sua presença e vendo a pessoa cantando canções para outro, canções que um dia foram dele -.

É quando essa procura se torna viciosa, que outras pessoas entram no círculo do sofrimento. É como uma bola de neve, que vai rolando, aumentando, até se transformar numa avalanche.
Isso pois, ao procurar um jeito de pelo menos amenizar o sofrimento, a busca desenfreada por cura de carência vai matando aos pouquinhos os alvos, que se tornam nada além de alvos.

E é por isso que quando alguém muda, não é por que essa pessoa se tornou anti-social ou homossexual.
Na verdade, essa pessoa é ainda mais humana, é a pessoa mais correta.
Ela muda, pra se machucar sozinha. Muda, pra não gerar sofrimento alheio.
Na verdade, sua maior vontade é de poder voltar a sorrir por motivos bobos, de cantarolar canções típicas de botecos. Vontade de ter alguém pra chamar de seu.

Ainda assim, os sonhos, as palavras num papelzinho sujo, os acordes num violão desafinado e as perguntas retóricas continuam a fazer parte do cotidiano - como sempre foi, como continuará sendo por um bom tempo -.

Pois, pra quem sente algo que deveria ser explorado - por ser verdadeiro e sincero - os sonhos são feitos pra se sonhar, mesmo que sejam só sonhos. Quando se deita chorando, se acorda feliz ao ganhar um beijo em sonho.



"But you are so busy changing the world
Just one smile could change all of mine"




We used to share the same soul.

Angel - Jack Johnson.





Confesso que já fui melhor, tá na hora de aposentar minha carreira de escritor. Assim como outras coisas mais, ela nunca me trouxe nada de bom.

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Não era o que você queria

29 de out. de 2009





Mas era o que te fazia feliz.

Fato.

Hoje indo trabalhar, a playlist do meu celular me ofereceu um brinde ao passado: Mistérios - Jorge & Mateus.. "Meu vício, mania".

E por mais que eu me esforce em dizer que reclamar é pecado, eu continuo reclamando.
Mas não é possível, eu tenho que estar certo quanto às reclamações.

Então me baixou um momento de reflexão.
O que as pessoas mais querem em determinado momento?

Por exemplo, o poeta vive em busca de inspiração.
Mas quando ela vem, ele quer mais, ele busca algo além, busca algo maior... E perde o que tinha.
O pintor busca uma bela paisagem. Quando a acha, espera o momento certo de começar a pintar. Quando chega o momento, ele continua esperando... Até que o sol se põe e ele perde a beleza dos raios brilhando nas águas.
O mesmo para o escultor que perde a bela pose da modelo,
para o confeiteiro que passa o ponto do bolo...

E até mesmo para o açougueiro que perde um bom corte em busca do corte perfeito.

Seria pura ambição, ou mera insatisfação?

"Já não sei mais o que é certo ou errado. Já não sei pelo que lutar. Já não sei se devo continuar nessa estrada, ou se devo parar para descansar, ou se devo desistir de caminhar, ou se devo levantar a cabeça, e simplesmente voltar a caminhar.
Enquanto a dúvida for protagonista no teatro de meus pensamentos, a inconstância vai reinar em minha mente.
E continuarei sem saber o que devo fazer. Fico parado na estrada e pensando: aonde este caminho está me levando?".




"Não era o que você queria, mas era o que te fazia feliz".
-
Adilson Ivan

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Dúvidas

18 de out. de 2009

Sempre repeti que algumas coisas nunca mudam.
O que soa estranho, pois ao mesmo tempo, todas elas mudam!

Mas para o ponto em que quero chegar, a hipótese de que algumas coisas NUNCA mudam é mais apropriada.
Eu já falei sobre isso nesse blog...
Mas com o caminhar, com o convívio entre novas pessoas, novas cabeças, novas mentes, o debate e o esclarecimento de dúvidas se torna constante. E ao mesmo tempo, ganhamos dúvidas novas. Dúvidas essas que talvez nós nunca iremos sanar. Essas são as piores. Principalmente quando você não consegue achar um motivo que te faça concluir algo. Por mais que você levante hipóteses, faça grupos de discussão, tente seguir uma 'verdade' imposta a você mesmo... A dúvida sempre vai estar ali, até o dia em que ela seja realmente esclarecida.

Esse dia pode não chegar.

O que fazer então?
Confesso que eu também não sei.
Talvez ela fiquei aí, estampada no peito. Dúvida essa que pode te consumir, pode te fazer uma pessoa melhor, ou pode simplesmente ficar ali, paradinha, como um vulcão adormecido esperando para a erupção.

O maior problema de algumas dúvidas é o fato de que mesmo depois de ela ir embora, uma ferida fica.
É como quando brincamos de colocar pregos em árvores.
A gente prega um prego. Pode até arrancar, mas a cicatriz vai ficar pra sempre no tronco da árvore. E aê? Sai dessa campeão.

Agora, a pior dúvida é a que te consome.
Se combinada com o dom da curiosidade, um veneno mortal estará em seu domínio.
E muito provavelmente você irá tomá-lo.

E é assim que a gente segue.
Com dúvidas e dúvidas e dúvidas.
Apenas torço para as que consomem não apareçam mais.
Pois já tenho uma que me dá até gastrite.

"Graças a Deus teve fim".
Teu segredo - Jeito Moleque

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Olha o que Deus fez

9 de out. de 2009




Hoje eu levantei reclamando. Reclamei de não ser sábado, de acordar cedo, reclamei de sono.
Reclamei de não ter presunto. Reclamei de não ter café.
Reclamei do frio, reclamei de ter que caminhar meia hora pra ir trabalhar. Reclamei de ter que atualizar diários e corrigir provas. Reclamei por não ganhar chocolate de dia das crianças.
Reclamei do local do churrasco dos formandos, é longe demais.
Reclamei de uma turma barulhenta - até tirei um aluno da sala. Reclamei de ter que ir até o centro pra fazer um exame médio. Reclamei muito por que o médico pediu pra eu ficar 'nú' - já disse que odeio médicos?-.
Reclamei de fome. Reclamei muito, meu kibe recheado era pequeno e com pouca batata palha. Reclamei do suco que tava meio azedo e forte demais. Reclamei do preço.
Reclamei, pois meu ônibus iria demorar um bocado.
Reclamei por gastar mais R$2,50 de passagem pra voltar pra casa, no total, gastei R$15,00 indo pro centro pra fazer esse exame médico.
Reclamei de só ter um lugar sobrando, junto a um velhinho. Reclamei por não poder pegar a janela. Mas sentei.

Reclamei de um rapaz que subiu, daqueles que te dão uma caneta, dizem o motivo e pedem a colaboração de R$1,00, mas prestei atenção ao seu motivo.


Ao entregar a caneta - parece ser boa, uma caneta gel laranja, muito charmosa -, percebi que o velhinho ao meu lado abaixou a cabeça e não pegou caneta alguma. Não sei por que, mas aquilo me despertou a atenção. Fiquei parado, olhando, enquanto ele estava de cabeça baixa e os braços entre as pernas. Parei de reclamar e prestei atenção ao meu redor.
Comecei a ouvir o que o rapaz das canetas falava, era um projeto de recuperação de ex-dependentes químicos.
Procurei R$1,00 pra ajudar, pois reclamo mais dos que simplesmente pedem dinheiro a troco de nada.

O velhinho ainda me despertava curiosidade.
Ele estava lá, paradinho, olhando pra fora, com um ar meio triste. Aquilo me afetou. Eu não tinha 1 moeda, peguei uma nota de R$2,00 e comprei logo 2 canetas. Ofereci uma ao velhinho.
Ele me encarou com um olhar triste, olhos lacrimejantes...
Aceitou com um sorriso sem graça e agradeceu. Embrulhou a caneta num plástico, colocou entre as pernas e continuou paradinho olhando pra fora.

Não sei, uma tristeza bateu no peito.
As reclamações pararam, exceto uma: comecei a reclamar de reclamar tanto.

Enquanto eu tava de cara feia, reclamando de tudo, não conseguia enxergar outros velhinhos que poderiam ter estado ao meu lado, precisando de uma caneta, mas sem dinheiro para tal.
Meus olhos lacrimejaram.
Fiquei então curioso pra saber a história daquele senhor. Quem sabe ele era simplesmente mudo? Quem sabe ele precisava de fato daquela caneta? Quem sabe ele estava rindo do quão idiota eu estava sendo?

Não sei.
Não consegui perguntar nada. Só dei um tapinha nas costas e disse "Bom feriado senhor".
"Obrigado pela caneta, bom feriado", ele disse.

Vim pelo caminho pensando sobre. Parei de reclamar.
Pensei que nada acontece por acaso, não é possível

Lembrei do Edson refletindo no deck da Anchieta: "Olha o que Deus fez".

Se Deus existe, "Olha o que Deus fez" comigo.
Mudei o meu humor. Tô com vontade de abraçar o mundo e de dar canetas para todas as pessoas que eu sentir que dela precisam.


"Eu imagino Deus como a fonte de toda a energia que criou e mantém o equilíbrio
do universo.

Vejo Deus na flor e na abelha que lhe suga o néctar para produzir o mel;
e no pássaro que devora a abelha; e no homem que devora o pássaro...e no verme que devora o homem.

Eu vejo Deus em cada estrela no céu,nas minhas noites nas pousadas, e nos olhos
tristes de cada boi, ruminando na envernada...

Só não consigo ver Deus no homem que devora o homem, e por isso acho que ainda tenho muito o que aprender nesses caminhos da vida..."


Bom final de semana.

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Desabrigado em abandono

4 de ago. de 2009

É começo de agosto
Meu almoço é apenas um macarrão sem gosto
Um suco meio pegajoso
E um coração receoso

Vejo as escritas do noticiário
É só desgraça, semanário, anuário, diário
Então você bate no meu portão
E eu jogo o noticiário no chão

E você me dá um abraço
Um sorriso, um beijo e um queijo
Me prendo ao teu corpo como um laço
E você me diz que não adianta, que não tem jeito

E sempre que me ajeito
você chega com esse teu sorriso perfeito
Me fazendo pensar que de algum jeito
Você voltará pra dentro do meu peito

E como sempre, me engano
Pois teu coração talvez já tenha dono
Sou apenas inquilino da casa dos fundos
Um ser qualquer destinado ao abandono

Hey, você que se chama Mariana,
Alberta, Ana ou Ciclana
Me arruma um teto, nem que seja uma cabana
Me põe pra dentro de tua casa e diga que me ama


Por Adilson Ivan, vulgo Dilso

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30 de jul. de 2009

Pra quem acha que pagar é burrice, ou não tem dinheiro (ambos são o meu caso), aí vai um mini-tutorial de como ver televisão paga por streaming (ótimo pros amantes de futebol):

O site justin.tv tem um limite de 'slots' gratuitos, o resto é pra usuário que tem premium account.
Mas sempre tem um amigo nessas horas, né?

Simples: o justin.tv rastreia os usuários pelo ip. Mas e se eles não enxergarem seu ip?
O Programa ultrasurf tá aí pra isso.

Aqui o link para download: http://www.baixaki.com.br/download/ultrasurf.htm

É simples, basta rodar o programa, abrir o Internet Explorer (ainda não testei com o Mozilla), abrir o justin.tv e procurar o canal do jogo.
Não tem erro, não cai, não falha e dependendo do canal que você estiver assistindo, dá pra ver o jogo pefeitamente em excelente qualidade até o final.

Eu recomendo!
Só prefiro ir pro bar e ver o jogo com os amigos, mas pra quem não tem essa opção, fica a dica ;)

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Rota Comando aos olhos de um espectador

24 de jul. de 2009

Sexta-feira, dia chuvoso.
Estou na cama, com o laptop ligado, uma xícara de café bem quente e um edredon.
Navegando por alguns blogs, ví o trailer oficial de "Rota Comando", o novo filme policial baseado na obra de Conte Lopes.
Fiquei interessado, e resolvi investir umas 2 horas no filme.
A partir daqui, faço minha crítica.
Lembrando, que sou apenas um espectador, e procuro ser subjetivo o bastante a ponto de não receber comentários ofensivos sobre o que penso.

Segundo o blog "Abordagem Policial" (http://abordagempolicial.com), "Tropa de Elite" recebeu um orçamento de 10,5 milhões e grandes nomes do cinema brasileiro, como Wagner Moura.
A obra "Rota Comando" foi baseada no livro "Matar ou Morrer" de Conte Lopes (estou bem interessado em ler), recebeu um orçamento de pouco mais de 500 mil reais.

Eu já vi uma outra obra de Conte Lopes que tem o nome do livro, e trata do caso de sequestro de uma garota em Mogi das Cruzes, o caso "Tabata", caso famoso, onde sequestradores do Instituto Técnico Aeroespacial (ITA) sequestram a neta do dono da empresa de turismo Eroles.
Estou a citar tal obra, pois a semelhança de filmografia e atuação é espectacular.
Vale lembrar, portanto, que não é a primeira obra e atuação de Conte Lopes.

Vamos ao filme:

Começa de forma tradicional, "começa pelo fim" (desculpem a ignorância, mas não lembro, na literatura, o termo utilizado para tal forma de escrita), mostrando um caso de sequestro (como disse, bem semelhante ao filme "Matar ou Morrer").

Na minha opinião, as cenas que se seguem já têm um pequeno erro, mas bem considerável: o filme não conta em que ano se passa, em que época é, portanto o espectador precisa tentar adivinhar.
Quando a questão de localização, o roteiro é impecável. A toda hora você se sente exatamente localizado, e tem ciência de onde as cenas se passam.

Lembrando um pouco de Tropa de Elite, o filme mostra o dia-a-dia da polícia militar paulista, especificamente o Primeiro Batalhão de Polícia de Choque "Tobias Aguiar" - nome do patrono da "Rota"-.
Um ponto muito importante: o roteiro não perde seu tempo falando sobre a corrupção policial, eles são objetivos e procuram mostrar somente o trabalho da "Rota". Afinal, a imagem negativa da polícia já é "muito bem" mostrada em jornais sensacionalistas de emissoras as quais prefiro não nomear.

O roteiro adaptado fala sobre um traficante carioca chamado "Vadão" que junto com seu comparsa "Ceará" vão ganhar a vida em São Paulo, "fazer dinheiro fácil".
Com a ajuda do também traficante "Alemão" eles começam o negócio na Zona Leste de São Paulo.
"Vadão" é o estereótipo que temos de "malandro" carioca, aquele que rouba, atira em todo mundo e até estupra quando necessário.

Mas, ao contrário do que pensei, o filme não mostra um caso específico, que seria o começo da "carreira" de "Vadão" e o seu fim.
O filme não parece seguir uma ordem bem organizada...
O Roteiro é muito bom, mas precisaria ser bem lapidado, pois em um momento, "Vadão" e "Alemão" estão na "contenção" (o mesmo que cuidar do negócio, estar de pruntidão, estar de plantão) e em outro a Rota está perseguindo bandidos portadores de artigo 157 (roubo seguido de morte).

Acredito eu que esse ponto é, digamos, crítico para a minha crítica.
O filme não foi objetivo o bastante para explícitar seu objetivo.
Não entendi se o diretor buscava mostrar o dia-a-dia da Rota ou se tentava mostrar o dia-a-dia do tráfico.
Muito provavelmente ele tentou mostrar ao mesmo tempo os dois e, ao mesmo tempo, aprofundar ainda mais os 2 "protagonistas" - a Rota e o tráfico-.
Uma hora o clímax é um sequestro e num pulo, o clímax é uma caçada.

Sei que minha postagem também está desorganizada, mas eu posso editá-la posteriormente afim de obter um texto melhor lapidado.

"Rota Comando", porém, já teve sua estréia.

Outro ponto que achei bem esquisito: notei que pelo menos 4 policiais foram baleados.
Mas nenhum deles na cabeça, todos no tronco.
Eu ainda quero acreditar que a PM utiliza-se de coletes à prova de balas.
Fiquei bem chateado com essas cenas.

Sendo mais específico, eu acredito que "Rota Comando" é um excelente filme. Mas a produção ficou muito, eu repito, muito caseira.

Enquanto "Tropa de Elite" é um sucesso, com um grande roteiro e astros do cinema nacional,
"Rota Comando" é mais rústico, com atores não famosos (mas espetaculares, não tenho do que reclamar, atuaram perfeitamente bem), uma divulgação pobre e uma verba bem curta.

Mas notei um ponto positivo: "Tropa de Elite" nos passa uma visão de uma polícia perfeita, mas que nos faz ficar dentro do filme, pois tem uma visão bem fantasiosa.
Já em "Rota Comando", por parecer mais caseiro, nos faz acreditar que realmente o filme é baseado em fatos reais.
O filme possui cenas dentro do batalhão, de viaturas reais, a polícia utiliza "revólveres" e as perseguições são idênticas as do Datena.

Acredito que toda a produção está de parabéns.
Contém falhas, sim, e bem explícitas.
Mas com uma verba de 500 mil reais para um "faroeste urbano" (não estou contando as falhas cronológicas e outras mais do roteiro) que contém alguns efeitos especiais e cenas de perseguição policial, eu gostei bastante.

Eu recomendo, mas não é um bom filme para assistir com a família.
Assim como "Tropa de Elite", é bem violento.

Finalizando:

Mais uma vez, repito que não sou um crítico profissional.
Apenas dei minha opinião sobre a obra, não revisei esse texto e assisti ao filme apenas uma vez.


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É besteira esperar o pôr-do-sol.

1 de abr. de 2009

É besteira,

o sol exibe seu grande show apenas uma vez ao dia
e no ápice da beleza, a noite invejosa vem e inunda a bela tarde com a sua escuridão.
A escuridão, porém, é tão bela quanto o pôr-do-sol.
Temos a lua, as estrelas e o silêncio, silêncio esse muitas vezes ensurdecedor!
E logo vem o sol, ilumina o breu. E o dia se torna radiante de novo.
E o ciclo se repete, infinitamente.

Então, pra que esperar o pôr-do-sol,
se eu posso aproveitar o dia inteiro, durante todos os dias, sem tempo definido?

É isso,
fase de reformulações, reconstruções.
E quem sabe, recordações?
Sim, o passado é passado, fato.
Mas por que não reconstruir um passado?


Durante essa semana tive uma notícia boa,
uma notícia excelente, que encheu meu peito com os raios vespertinos.
E levou a escuridão embora.

Claro, que todo dia uma hora anoitece..
Mas os meus dias são iluminados pelo sol, pois durante a noite,
eu durmo.



Espero, a partir de hoje,
ficar um bom tempo sem aqui postar.

Pois se cada post é um sepultamento,
esse foi o último.

Pois um novo dia está para nascer.


Até!

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Reconstrução, supletivo e afins.

31 de mar. de 2009

bixo,
esse blog está parado há 6 meses!

talvez seja porque eu já não precisasse postar.
já que, cada post é um sepultamento de algo que não me faz bem.

mas hora e outra a gente cai de novo na mesma merda
e já que o principal objetivo desse blog é receber descarregos (pegaessa),
here we go again:

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
isso é um grito abafado por um travesseiro,
é que em casa tudo é motivo para "esse moleque não tá legal", "vai me conta, o que tá acontecendo?", "VOCÊ É OTÁRIO? PORQUE FEZ ISSO?".

é, pois é,
melhor abafar o grito.


se tenho motivos?
porra, sempre tenho
um deles é o motivo principal de ter inaugurado esse blog, há algumas vidas atrás.
mas não deixarei - tentarei -nada direto, passei da fase "drama" (assim espero) e eu só quero "descarregar" (pegaessa[2]).
é que eu tô no trabalho, dei um tempo entre um pacote e outro.
e me peguei aqui, pensando.. e isso já está rolando faz umas 3 semanas
e não vai embora, não vai embora, não vai embora.

seria mais fácil, ao invés de negar, afirmar né?
tipo, vai embora, vai embora, vai embora!

ahhh, se fosse fácil..

até é, o problema é que meu interior me impede.
bixo, tô sendo convidado para vários programas, programas os quais a "velha vida" estaria dentro sem pestanejar.
caxambú na semana santa, churras dos brothers, curitiba (pegaessa[3]), praias e praias, claudinha leite, falamansa, carnafacul em itú (pegaessa[4], mano!).
eu tenho verba o suficiente (pegaessa[5], tá, ficou chato já (y)).
mas ..


mas rola aquele problema basicásso: eu não sei se quero.
não sei se quero voltar a tuuudo aquilo - eu poderia até adicionar mais "u's" no "tudo" -.
é que, a vida passada era tão perfeitinha. é, ficou meio gay o comentário. whatever.

mas,
também não sei quanto tempo isso dura.
dias, meses, anos - não, anos é demais, demais pra caralho -.
ou quem sabe minutos.
pode ser que eu levante amanhã, vista meu abadá e caia na micareta
e essa idéia me anima de leve.

mas, esse não saber do sim ou não para o "querer", rola pq..

porque novamente eu cai naquela merda,
naquela que você entra de cabeça, com toda a certeza do mundo
e aí adivinha?

é, pois é.

e sempre sempre eu fico sem entender o porque.

durante essa semana eu fui pesquisar com vidas passadas o que rola.
e eu ainda fiquei sem entender.
até rolou um 'motivo', mas não sei, isso é natural.
se for esse o motivo universal, bixo, a "velha vida" irá prevalecer eternamente, e tenho dito.

mas, ainda assim, eu fico sem entender
pois hoje, o "motivo", parece ter sido extinto e já não é mais um motivo, pois a vida passada tá aí
e tá bem saudável, bem saudável mesmo, eu diria.

então averiguei com outra vida passada
e pimba! nenhum motivo apresentado
e a vida passada também está aí, bem saudável.

e em todas as grandes e intensas - porém curtas - vidas passadas,
tentei agir da melhor maneira possível
tudo para que a vida passada pudesse se tornar uma vida presente
e quem sabe uma vida futura.

talvez seja esse o meu erro
talvez, o dia que eu pisar na merda da vida
ela se torne eterna.

mas me conheço muito bem, eu jamais pisarei eu uma vida.
quem sabe então, não viver mais vidas?


quando a gente entende os 'pqs'
é mais fácil, bem mais fácil.

é possível reconstruir, reformular, refazer, re qualquer outra coisa que te ajude a mudar.
ou não, você também pode simplesmente meter um foda-se e ser feliz.
mas eu passei dessa fase.
eu não sou mais muleque.
eu tô naquela de "arrumar as pendências para quem sabe chegar a perfeição", embora perfeição seja utopia, pegaessa de novo.

agora quando você fica com a merda da inconstância na cabeça
e sem saber o "pq" - preguiça de pesquisar as regras dos porques, blá - aquele comichão barrigôneo volta
e isso é uma merda.

não que eu queira me remeter a uma vida passada
pois é passado. eu ainda não acredito em viagem no tempo.
o que passou, passou! não voltará - viva jorge & matheus (y).

já tentei simplesmente ignorar e fingir que nada rola
mas mentir pra si mesmo é a maior besteira
mentir já é uma grande besteira
mentir pra você mesmo, porra, é o ápice da falta de sinceridade.

mas é com o passado que a gente aprende a ser melhor no futuro.
agora quando você não tira lições do passado e fica com os comichões barrigôneos - essa foi ótima, vou aderir ao vocabulário-, aí é uma merda.

talvez a função desse blog já não seja eficiente.

talvez, eu já não saiba como esvaziar a cabeça
pois cada vez tudo fica mais intenso
cada vez tudo parece mais verdadeiro
até que vem a chuva, deixa o morro barrento
e minha casa desaba.

mas não custa tentar,
já que tentei todos os meios possíveis - todos mesmo - e nenhum deles deu certo.

nosso querido joseph climber diria:
- "supletivo, supletivo, supletivo"
bixo, me ensina?

será que viver outra vida rola, visto que tenho opções e possibilidades?
será que voltar à "velha vida" - aquela, do tempo que o dom-dom jogava no andaraí - seja uma boa opção?
será que para de postar, para de fazer músicas, parar de lamentar, parar de viver vidas, parar de procurar, parar de ser encontrado..

então, fica aqui a dúvida:

o que será que rola com esse que o escreve?
eu não sei
e você?

- post não revisado por falta de saco e mais um pacote para scriptar.
se você achou erros, coisas não entendíveis ou ilegíveis e zás,
foda-se você.

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